"Segundo Aristóteles,
o homem que age de acordo com o princípio intelectivo vai solidificando o
hábito de agir sempre de modo correto sem pender para os excessos ou as faltas
que, segundo ele, são os vícios. Esse se mantém firme no justo meio (meio-termo)".
Aristóteles conceitua as
virtudes, dividindo-as em duas: as intelectuais e as morais. A primeira nasce e
progride graças aos resultados da educação. Portanto, leva tempo e demanda
experiência; enquanto a segunda, é o resultado do hábito (ethos), que imprime
em nós capacidade de praticar atos justos.
Para o filósofo, nosso
caráter é formado a partir da repetição dos atos progressivos por meio do
hábito, pois somos capazes de praticar bem aqueles atos que já fizemos antes, e
eles podem ser aperfeiçoados tanto para melhor ou para pior. Com o hábito,
adquirimos as virtudes morais e nos tornamos virtuosos pelo exercício, assim
como os homens tornam-se justos praticando a justiça.
São as disposições
viciosas ou virtuosas que constituem um caráter. Somos todos responsáveis por
nossos atos, assim como também pelos nossos vícios. Somente aqueles indivíduos
que têm suas atividades conforme a virtude se tornará virtuoso e, assim,
atingem sua finalidade humana, sendo que o fim humano consiste, portanto, na
busca da sabedoria.
O bem maior realizável
para o homem é aperfeiçoar-se enquanto homem.
A infelicidade humana
advém da ausência de virtude, pois aquele que pratica atos injustos não
alcançará seu objetivo final por tender sempre para os pontos extremos
(vícios), ficando além do meio-termo que é uma virtude.
Segundo Aristóteles, o
homem que age de acordo com o princípio intelectivo vai solidificando o hábito
de agir sempre de modo correto sem pender para os excessos ou as faltas que,
segundo ele, são os vícios. Esse se mantém firme no justo meio (meio-termo). A
virtude moral é uma virtude ética adquirida pelo hábito. A educação é o modo
correto de adquiri-lo, daí a necessidade de praticar ações conforme a virtude e
por escolha voluntária por toda a vida e não somente em alguns momentos.
Somente aquele que pratica
atos voluntários age justamente, pois o homem virtuoso deve agir por escolha e
de modo voluntário. Aquele que age de acordo com o princípio intelectual,
cumpre por meio de escolhas que são traduzidas em ações. Somente a escolha está
em nosso poder e por ser uma escolha somos os responsáveis pelas consequências.
Segundo Aristóteles,
desejamos sempre aquilo que está ao nosso alcance. Portanto, somos responsáveis
por praticar tanto os atos nobres como os atos vis. A virtude moral é um
meio-termo entre dois vícios que envolvem excesso e a deficiência. A escolha
está ligada à virtude. Assim, podemos escolher o que iremos nos tornar. E para
que nos tornemos bons devemos desde o início praticar o Bem. Do mesmo modo
quando decidimos mal, tal ato será mau, pois o que dirige a escolha é o caráter
individual do sujeito que põe em prática tal ato que pode ser bom ou mau.
Por Samanta Obadia
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